22 de Abril de 2013 - A Esquadra Modelo de Polícia do Bairro-Militar, o mais numeroso e complexo de Bissau e do país foi palco, no último fim-de-semana, de uma cerimónia oficial de entrega de um lote de fardamento para os elementos policiais dessa iniciativa pioneira. O UNIOGBIS ajudou assim a gradual materialização das políticas nacionais sobre uniformização dos agentes de segurança pública e aplicação da lei.

O Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, presenciou o acto, participado também por membros das estruturas de apoio a modernização nos sectores de Seguranca, Justica e Defesa do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).
 

Ao falar, em nome do Ministério do Interior, Armando Nhaga enalteceu a excelente cooperação existente entre o UNIOGBIS e o Ministério do Interior incluindo as suas instituições de polícia, relembrando os múltiplos apoios que vem sendo prestados, a varios níveis, e desejando que tal parceria com o UNIOGBIS continue.
"Eu queria, em nome do Ministério do Interior, do ministro de tutela e do Comissariado Nacional da Polícia, transmitir o nosso agrado pela forma como o UNIOGBIS tem vindo a colaborar com a Polícia de Ordem Pública, em especial, o Ministério do Interior, no quadro da preparação do efectivo da polícia, sobretudo, no seu equipamento".
"É um acto muito importante, uma vez que, em 2010, deu-se o primeiro passo na construção desta Esquadra Modelo de Polícia do Bairro-Militar e não só, porque tem um plano para a construção de várias outras esquadras quer em Bissau como no interior do país", acrescentou Nhaga.
O Comissário manifestou a esperança a que o projecto se realize devidamente, e lembrou que o mesmo tem previsto também equipamentos com materiais informático, uniformes e meios de transporte.
Antero Lopes, do Departamento de Seguranca, Justica e Defesa, do UNIOGBIS, em nome do Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné Bissau, lembrou que as Nações Unidas têm ajudado os governos onde mantêm missões de paz e as respectivas instituições a conceber e realizar este tipo de planos.
"As Nações Unidas têm ajudado os governos onde mantêm missões de paz e as respectivas instituições a conceber e realizar este tipo de planos em que a polícia é mais humanizada, em que a polícia trabalha com, para e pela população".
"Antes das Nações Unidas aqui chegarem e ajudarem a POP e as outras polícias a estabelecerem esta relação com a comunidade, esta relação já existia a nivel pessoal, pela natureza própria do povo guineense", enfatizou Antero Lopes.
"É um povo na sua generalidade muito distinto no que respeita aos valores humanos e já deu provas disso. Portanto, aqui na Guiné-Bissau, existem condições naturais para este modelo de policiamento comunitário e de segurança interna ser gradualmente implantado em todo o país. O que é preciso é que os profissionais guineenses façam bom uso dos apoios recebidos e continuem a ser apoiados com formação, incluindo manuais, novas metodologias, dentro de estruturas que sejam entendidas pela população como um prestando um serviço em prol da defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e não uma força repressiva", acrescentou.
O Conselheiro interino para materias de polícia, Bashale Gaston, falou da Esquadra Modelo como um novo conceito de actuação policial junto a comunidade.
"A Esquadra Modelo é mais do que uma infrastrutura, é uma nova forma de a polícia trabalhar com a própria comunidade que está a servir. Portanto, esse pensamento de que a polícia vela pela sociedade e a sociedade confia e ajuda a polícia a trabalhar para a segurança de todos. Essa colaboração é muito importante e isto é que é o conceito da Esquadra Modelo", referiu.