PBC apela à mobilização rápida para a continuidade da Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau.
À luz das resoluções A/RES/70/262 e S/RES /2282 (2016) sobre a revisão da arquitetura de Consolidação da Paz, a PBC insta os Estados-Membros a fazerem bom uso dos recursos para garantir a continuidade da ECOMIB, com vista a ajudar a Guiné-Bissau a evitar uma recaída em tensões.
A ECOMIB, a força de militares e polícias da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), está na Guiné-Bissau a fim de estabilizar o país na sequência de mais um golpe de Estado em abril de 2012. Todos os parceiros internacionais consideram com unanimidade que a instabilidade política justifica a continuidade desta força no país, mas faltam financiadores.
Em comunicado, divulgado dia 16 de maio, em Nova Iorque (EUA), a Configuração (PBC), que apoia esforços de consolidação da paz no país, depois de reconhecer o papel das forças de defesa e segurança, em particular na defesa da ordem constitucional e o respeito pelo Estado de direito e distanciando-se da arena política, se diz cada vez mais preocupada com a crise política que já levou à paralisia institucional e à deficiências aos serviços sociais e económicos da população.
Em relação ao Presidente da República e de todos os atores políticos guineenses, a PBC apela para se refletirem sobre as consequências da atual crise política no desenvolvimento económico e social do país e as oportunidades que a Guiné-Bissau iria perder se tal não for resolvida rapidamente. A Comissão também lembrou os esforços consideráveis da comunidade internacional para prestar apoio ao processo de reconstrução, incluindo a organização de uma mesa redonda.
A PBC ressalta também a necessidade urgente de os membros do Governo e líderes de partidos políticos ultrapassarem suas diferenças, quebrem o impasse político em curso e acalmem as tensões. A este respeito, a PBC diz que regista e se congratula com a contribuição do Fundo de Consolidação da Paz no sentido de implementação de projetos-chave que abordam os motores do atual conflito, como nas áreas de promoção do diálogo nacional e da justiça. A PBC insta os parceiros da Guiné-Bissau a incentivarem todos os atores políticos para se moverem rapidamente em direção à uma solução mutuamente aceitável e duradoura para a crise, respeitando integralmente a Constituição.
A PBC saúda a nomeação pelo Secretário-Geral do Sr. Modibo Touré como seu Representante Especial para a Guiné-Bissau e Chefe da UNIOGBIS, e expressa o seu apreço pela liderança do ex-Representante Especial do Secretário-Geral Sr. Miguel Trovoada, cuja missão findou no dia 30 de abril de 2016. A PBC continuará atenta a acompanhar o povo e as autoridades da Guiné-Bissau na busca de uma solução consensual e com apropriação nacional para a crise atual.