País aproxima-se da estabilidade política e segurança, afirma Secretário-Geral

9 abr 2011

País aproxima-se da estabilidade política e segurança, afirma Secretário-Geral

30 Outubro 2009 - O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, acolheu com optimismo e cautela o progresso da democracia na Guiné-Bissau onde uma série de assassinatos políticos no início deste ano voltou a ameaçar a estabilidade deste país pobre da África Ocidental.

 

No seu último relatório sobre o país apresentado hoje ao Conselho de Segurança, Ban Ki-moon elogiou o povo guineense pelas "pacíficas e bem organizadas" eleições presidenciais de Junho e Julho, marcadas pela vitória de Malam Bacai Sanhá na segunda volta face a Mohamed Yalá.

Contudo, notou que tendo em conta o número de eleitores registados, a taxa de abstenção foi alta, pelo que sublinhou a necessidade dos dirigentes políticos da Guiné-Bissau "promoverem o diálogo e assumirem a sua responsabilidade perante os seus eleitores a fim de reforçar a democracia e recuperar a confiança dos cidadãos".

O período em análise no relatório foi dominado pela tensão que se seguiu após os assassinatos do candidato presidencial Baciro Dabó e do ex-ministro da Defesa Helder Proença no início de Junho, na véspera do lançamento oficial da campanha eleitoral.

Em Março, o então Presidente João Bernardo Vieira foi também assassinado no meio da tensão existente entre o Governo e as forças militares num país marcado por décadas de conflitos civis, golpes de Estado e revoltas.

O Secretário-Geral pediu a conclusão das investigações em curso sobre os assassinatos políticos que irá "ajudar a combater a impunidade e contribuirá para a justiça credível e a reconciliação nacional".

"Também vai contribuir para melhorar a imagem da Guiné-Bissau e restabelecer a confiança da comunidade internacional", acrescentou Ban Ki-moon.

Também garantiu o apoio do Gabinete da ONU para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), que será substituído a 1 de Janeiro de 2010 pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

O novo gabinete será responsável por, entre outros, o reforço da capacidade das instituições nacionais, apoio a criação e aplicação da lei eficiente e ajudar a mobilizar ajuda internacional. (Fonte: Centro de Notícias da NU)