Confederação de pessoas com deficiência exige integração e inclusão de pessoas com deficiência

A Confederação das Associações de Defesa dos Direitos e Promoção de Pessoas com Deficiência na Guiné-Bissau quer ver eliminadas todas as barreiras que impedem a integração e inclusão de pessoas com deficiência na sociedade guineense.

8 dez 2015

Confederação de pessoas com deficiência exige integração e inclusão de pessoas com deficiência

Esta intenção foi manifestada por um conjunto de mulheres portadoras de deficiência no âmbito da celebração do Dia Internacional que a Organização das Nações Unidas lhes dedicou, o 3 de dezembro, este ano sob o lema "A Inclusão Importa: Acesso e Capacitação para todas as Pessoas ".

A celebração da data tem, como principal objectivo promover uma maior compreensão dos assuntos ligados à deficiência, e mobilização para a defesa da dignidade, direitos e o bem-estar desta camada de pessoas.

Na Guiné-Bissau, um estudo em 2009, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), revela a existência no país de 13.590 pessoas portadoras de deficiência, ou seja, 0,94 por cento da população. Estes dados, discriminados por sexo do índice populacional do país, demonstram que a deficiência afeta 53,9 por cento de homens e 46,1 por cento de mulheres.

Valentina Mendes, ministra da Mulher, Família e Coesão Social, lamentou a situação de pessoas portadoras de deficiências na Guiné-Bissau, mas garantiu que seu pelouro pretende assegurar os direitos fundamentais e a proteção social a todos os guineenses sem excepção. 

“Pretendemos ainda promover, através da FAO, AMAE e Secretaria de Estado do Plano, uma formação na área de gestão para permitir às mulheres, principalmente aquelas que são portadoras de deficiências, beneficiarem depois de créditos que lhes permita desenvolver atividades geradoras de rendimento”, referiu Valentina Mendes.

A presidente da Associações de Defesa dos Direitos e Promoção de Pessoas com Deficiência na Guiné-Bissau, Filomena Sá, disse por sua vez que “gostaria de ver mudada a qualidade de vida dos deficientes, para terem mais oportunidades, maior acesso a serviços básicos”. Sublinhou ainda que “as barreiras físicas e sociais são enormes, ao ponto de impedirem a integração e inclusão de pessoas com deficiência na sociedade”. “Gostaria de ver tais barreiras reduzidas para permitir que essas pessoas tenham acesso à educação, à saúde e ao emprego.”, acrescentou.

A Guiné-Bissau ratificou a Convenção Internacional sobre os Direitos de Pessoas com deficiência a 24 de setembro de 2014.