8 de Maio de 2014 - O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau prometeu intensificar os contactos internacionais visando mobilizar apoios para as campanhas de luta contra a SIDA na Guiné-Bissau.

Num encontro com responsáveis do Secretariado Nacional de Luta Contra a Sida (SNLS), José Ramos-Horta manifestou esperança em que "não será difícil arranjar apoios", apontando os exemplos do Global Fund, Banco Mundial, UNICEF e outras organizações vocacionadas para a problemática do VIH/SIDA.

O Nobel da Paz lembrou que o Secretário-geral da ONU Ban Ki Moon está muito sensibilizado e chamou a atenção para a necessidade do Governo guineense articular com outros parceiros nacionais e internacionais a gestão dos programas de prevenção e luta contra a SIDA.

A epidemia do VIH/SIDA, no caso da Guiné-Bissau, atinge já três vezes mais as mulheres do que os homens, de acordo com os dados revelados pelo SNLS.

Numa população de cerca de 1.6 milhões de habitantes e sobre estimativas de 2012, cerca de 100 mil guineenses são portadores do vírus.

Neste momento, entre 27 e 30% dos infectados recebem tratamento retroviral gratuito, muito longe da meta considerada como "mínimo aceitável de 80%, sendo necessário repensar as metas", de acordo com o Secretário Executivo do SNLS, Anaximandro Menot.

O SNLS enfrenta dificuldades na execução do programa de combate e prevenção da SIDA, mas está a elaborar um novo plano de acordo com as metas da ONU/SIDA, que tem como linhas de acçao principais o diagnóstico precoce e o tratamento.

Um estudo realizado pelo Secretariado Nacional de Luta contra a Sida refere que a atitude dos guineenses perante à doença tem sido condicionada por valores e práticas culturais ancestrais. Exemplos apontados no estudo, indicam a iniciação precoce à sexualidade, promiscuidade e aumento da prostituição.