O Representante especial José Ramos-Horta encontra o Presidente de Transição Serifo Nhamajo

19 fev 2013

O Representante especial José Ramos-Horta encontra o Presidente de Transição Serifo Nhamajo

15 de Janeiro de 2013 - Em declarações à imprensa hoje, após uma reunião de mais de duas horas com o Presidente de Transição, Serifo Nhamajo, o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, deu uma visão geral das reuniões que teve com diversas partes interessadas e parceiros desde a sua chegada a Bissau na quarta-feira 13 de Fevereiro.

"Eu continuo a fazer contatos, especialmente visitas de cortesia, com todos os líderes do país ", disse ele, lembrando que já tinha encontrado o Presidente, o Primeiro-Ministro, o Presidente da Assembleia Nacional Popular , o Ministro da Justiça e o corpo diplomático. "Na próxima semana vamos continuar com os partidos políticos, sociedade civil, universidades, e eu estou disposto a engajar-me num diálogo público", afirmou acrescentando: "Eu estou bastante otimista, confiante, que, antes de tudo, há uma grande vontade para que esse processo de transição possa tornar-se numa solução definitiva de paz para a Guiné-Bissau".

"Em segundo lugar, há, obviamente, desafios grandes. Pode haver problemas imprevisíveis", acrescentou. "Temos que ter cuidado e não sermos excessivamente otimistas, mas nós, a Organização das Nações Unidas assim como nossos parceiros, estamos todos atentos e temos a vontade de apoiar este processo de transição para que seja o mais abrangente e credível possível, levando para as eleições", sublinhou.

No que diz respeito às eleições, ele disse, citámo-lo ainda: "Nós não sabemos quando as eleições serão realizadas. Eu acho que não devemos precipitar a realização de eleições. Tem que haver um consenso nacional sobre como o país está indo para que os resultados das pesquisas sejam aceites por todos ".

Dando a saber que ele ainda está no início dos seus contatos, Ramos-Horta ressaltou estar "sempre em sintonia com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana (UA), a União Europeia (UE) e a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). "Estamos num momento em que todos os amigos da Guiné-Bissau, todas as organizações internacionais, precisam sincronizar as suas posições, que convergem para o mesmo objetivo".

Interrogado pelos jornalistas sobre a disponibilidade manifestada pelo Presidente de transição, este novo Representante Especial do Secretário-Geral da ONU no país disse : «Eu encontrei no senhor Presidente da República uma pessoa extremamente lúcida, com uma grande simplicidade e humildade, uma enorme coragem e vontade profunda de levar o país a sair desta crise. »