“Agora vemos uma normalização da política, no Parlamento, no governo, que geralmente está em pleno funcionamento e outro passo importante em direção à normalização total será a realização das próximas eleições de novembro”, disse Mauro Vieira no dia 26 de julho, no final da sua visita de dois dias.

A visita de Mauro Vieira a Bissau teve como objetivo obter informação em primeira mão sobre a situação política no país, as perspectivas para as eleições legislativas de 18 de novembro e a plena implementação do Acordo de Conacri.

“Todas as minhas reuniões correram muito bem, disse ele, e ouvi do Presidente da República suas reflexões sobre a situação atual do país e as medidas tomadas pelo governo para a realização das eleições de 18 de novembro.”

No que diz respeito ao envolvimento da comunidade internacional na preparação das próximas eleições, o embaixador Mauro Vieira disse que há um movimento de vários parceiros internacionais da Guiné-Bissau para apoiar a realização das eleições, quer através dos fundos do PBF, quer individualmente de alguns países. “O Presidente disse-me que levou este pedido à CPLP e, a partir das informações que recebi da reunião em Cabo Verde, os Chefes de Estado e de Governo responderam positivamente. Os Chefes de Estado da CPLP verão o que poderão fazer como um esforço adicional, mas, de qualquer forma, também ouvi do Governo e do próprio Presidente que alguns fundos podem ser adiantados e depois reembolsados ​​quando os recursos prometidos pela a comunidade internacional estiver disponível”, explicou Mauro Vieira.

Durante a sua estada na Guiné-Bissau, o diplomata brasileiro reuniu-se com autoridades nacionais, órgãos responsáveis ​​pela organização de eleições, partidos políticos, sociedade civil e parceiros internacionais do país.

Em fevereiro passado o Presidente da Configuração para a Guiné-Bissau na Comissão da ONU para a Consolidação da Paz (PBC) anunciou a aprovação de seis novos projetos, totalizando US $ 7,3 milhões, a serem implementados entre janeiro 2018 e junho de 2019, reforçando o quadro de cooperação entre a ONU e a Guiné-Bissau. Ele afirmou também que o apoio ao país deve ir além do financiamento do PBF e incluir consultas com diferentes parceiros, incluindo o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais.