Nações Unidas ao lado da Guiné-Bissau em 2012 mas apelam Guineenses a trabalharem juntos

16 dez 2011

Nações Unidas ao lado da Guiné-Bissau em 2012 mas apelam Guineenses a trabalharem juntos

14 Dezembro 2011 - As Nações Unidas reafirmaram hoje que manterão o seu apoio contínuo à Guiné-Bissau em 2012 nos seus esforços rumo à consolidação da paz e desenvolvimento mas apelaram aos Guineenses a trabalharem juntos para alcançar estes objectivos.

 

"As Nações Unidas estão dispostas a continuar a apoiar o Governo e o povo da Guiné-Bissau nos seus esforços rumo à paz, estabilidade e desenvolvimento", disse Joseph Mutaboba, Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné Bissau e Chefe do Gabinete Integrado para a Consolidação da Paz nas Nações Unidas na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) numa conferência de imprensa conjunta em Bissau.

Por sua vez, o adjunto do Representante Especial e Coordenador Residente das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Gana Fofang, precisou que as Nações Unidas vão apoiar "o país na mobilização dos recursos humanos e financeiros necessários para a implementação das reformas e prioridades".

De acordo com Mutaboba, a próxima visita do Secretário-Geral Ban Ki-Moon ao país, no próximo ano representará o sinal mais evidente do compromisso da ONU para com a Guiné-Bissau", quando o UNIOGBIS inicia em janeiro de 2012 um novo mandato de um ano. Conforme o relatório do Secretário-Geral, "o UNIOGBIS continuará a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades nacionais e os demais parceiros internacionais da Guiné-Bissau, com particular foco na célere implementação das reformas nos sectores da justiça, defesa e segurança, no reforço do Estado Democrático de Direito e dos Direitos Humanos e no combate ao tráfico de drogas, crime organizado e impunidade, bem como, na promoção do diálogo nacional."

O Representante Especial indicou que os funcionários do UNIOGBIS e das Nações Unidas no país estão prontos a enfrentar este novo desafio e ajudar a Guiné-Bissau a alcançar a estabilidade duradoura e o desenvolvimento ao mesmo tempo que fez um apelo aos Guineenses para trabalhares juntos. "Nenhum progresso será alcançado sem um verdadeiro compromisso do povo da Guiné-Bissau e dos seus líderes no sentido de abordarem juntos os desafios que o país enfrentará no próximo ano. 2012 será um ano crítico para a Guiné-Bissau no que diz respeito ao diálogo nacional, à estabilidade política, segurança, Estado Democrático de Direito e Direitos Humano", esclareceu.

Entre os principais desafios, destacou a Conferência Nacional sobre os caminhos para a consolidação da paz e o desenvolvimento, marcada para meados de Janeiro, a Revisão Constitucional, a melhoria do quadro de segurança, marcada pela subordinação das forças de defesa e segurança ao poder civil assim como a luta contra a impunidade e o tráfico de drogas e o crime organizado, que representam uma ameaça ao país e à sub-região.

Os dois altos responsáveis recordaram ainda algumas intervenções da família das Nações Unidas para os esforços de consolidação da paz, nomeadamente a contribuição de três milhões de dólares do Fundo de Consolidação da Paz destinada à Reforma do Sector da Segurança, diálogo nacional e emprego feminino e juvenil, a construção de infraestruturas tais como a primeira esquadra de polícia modelo e os centros de justiça que irão melhorar a segurança no país, bem como, o reforço das capacidades.

"Embora resta ainda muito por fazer, a família das Nações Unidas tem orgulho do seu apoio ao Governo e ao povo da Guiné-Bissau. 2012 será marcado pela implementação do segundo Documento de Estratégia Nacional para a Redução da Pobreza (DENARP II 2011-2015). Ajudaremos na mobilização dos fundos necessários para a implementação do DENARP II", acrescentou Fofang.

O adjunto do Representante Especial e Coordenador Residente das Nações Unidas felicitous igualmente o povo da Guiné-Bissau pela adopção da Lei contra a Mutilição Genital Feminina (MGF) ao mesmo tempo que recordou o apoio das Nações Unidas aos parceiros nacionais na implementação da igualdade do género, nomeadamente ao processo de elaboração de políticas nacionais e diplomas essenciais como o esboço da Lei contra a Violência Doméstica, o Plano Nacional de Acção contra a Violência com base no Género e a Política Nacional da Igualdade do Género (PNIEG), que deverão ser aprovados em 2012.