Guineenses pedem presença da ONU mais interventiva
“A renovação do mandato do UNIOGBIS é muito importante para o país, tendo em conta que ela desempenha um papel importante – um papel de reconciliar verdadeiramente os guineenses, sou testemunha dos esforços dos representantes da UNIOGBIS que já passaram no país, dão o seu máximo para ajudar a resolver as crises políticas guineenses” opinou Danilson, um jornalista.
“É importante a renovação do mandato de UNIOGBIS, porque não queremos ver o país continuar desta forma, a Guiné-Bissau tinha uma outra cara há uns tempos atrás, e estávamos a contar viver uma nova página na nossa história, os dirigentes devem ter um bom coração com o povo” comentou Fatu, uma vendedora de pão, no centro de Bissau.
Alfredo, um professor de Bissau, pede à comunidade internacional para “ter paciência e continuar apoiar este povo, porque as coisas estão muito difíceis”.
O Primeiro-Ministro, Carlos Correia, lembrou que se o Conselho de segurança renovou o mandato é porque está satisfeito com o trabalho do UNIOGBIS e que a sua continuação é necessária. O Governante sugeriu, no entanto, que a missão deve ser mais interventiva.
“Interventiva sobretudo em levar as partes a empenharem-se mais para criar estabilidade”, sublinhou Carlos Correia que deixou uma sugestão: “o UNIOBIS deve alargar as suas actividades, dando apoios na luta contra os males que na nossa opinião estão na base da instabilidade no país, tais como o tráfico de drogas, ameaça de terrorismo, e outros problemas que devem merecer a atenção da missão.”
Para a Plataforma Política das Mulheres, segundo a vice-presidente Silvina Tavares, esta renovação representa “uma esperança para o povo” e sugere que os guineenses devem fazer os possíveis “para merecer a confiança da comunidade internacional”.
Silvina Tavares pede, contudo, que o UNIOGBIS mude de estratégia de trabalho e que juntamente com ECOMIB/ECOWAS, CPLP, UA “coordenem as suas acções para buscar uma melhor estratégia para resolver esta situação” reforçou Silvina.
Na nova resolução que define o mandato do UNIOGBIS, Nr. 2267, o Conselho de Segurança pediu ao presidente, ao primeiro-ministro, ao chefe do Parlamento e outros líderes políticos para cumprirem seus compromissos e levar estabilidade política à Guiné-Bissau, como é de interesse da população.