"Neste Dia Internacional da Mulher, vamos aproveitar a oportunidade para aplaudir o trabalho e a coragem dessas mulheres que, a maior parte das vezes, não recebem o reconhecimento que merecem", afirmou Modibo Touré.

"Exorto todos os bissau-guineenses a fazerem ouvir a sua voz, a participar da tomada de decisões em todo o país, suas comunidades e suas famílias e a empenhar-se no exercício da democracia", acrescentou o Representante Especial do Secretário-Geral.

O dia começou com uma marcha para os direitos das mulheres que saiu às 7 da manhã do prédio do Parlamento, passando pela Praça Titina Sila - uma combatente pela liberdade - e terminando nos Mártires da Praça de Pindijiguiti. Slogans como “Basta de violência e discriminação contra as mulheres!” foram cantados e exibidos pelas ruas do centro de Bissau.

A representante das Nações Unidas da Mulher na Guiné-Bissau, Hazel Godding apelou à participacao dos homens no movimento feminista.

O UNIOGBIS juntou-se à polícia na estação de polícia modelo do Bairro militar para uma partida de futebol entre os agentes da polícia e a equipa do bairro. As atividades na esquadra incluíram também conferências sobre igualdade de género (6 de março) e sobre o problema da mutilação genital feminina (7 de março).

O Dia terminou com atividades culturais no Bairro da Ajuda, o Espaço Verde pelas as organizações de defesa dos direitos das mulheres e da juventude.

A Guiné-Bissau adoptou em 2012 a Política Nacional para Promoção da Igualdade e Equidade de Género (PNIEG). A política foi revista em 2016 (PNIEG II) e conta com um Plano de Ação para a Promoção da Igualdade e Equidade de Género para o período 2016-2025. O país conta também com um Plano Nacional de Acão para a Prevenção, Proteção e Luta Contra a Violência baseada no Género.

A Presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), Nhima Sissé lembrou que existem várias leis que protegem as mulheres, mas que carecem de aplicação. “Apelo ao governo e às entidades internacionais para nos ajudarem a implementar os instrumentos legais, porque se fomos ver temos muitas leis que protegem as mulheres, mas sua implementação efectiva é muito fraca” lamenta Nhima Sissé.