Coordenador Residente da ONU pede maior apropriação nacional e intervenção coordenada da ONU para melhor servir o país

6 set 2018

Coordenador Residente da ONU pede maior apropriação nacional e intervenção coordenada da ONU para melhor servir o país

O Coordenador Residente das Nações Unidas na Guiné-Bissau, David McLachlan-Karr, pediu esta quarta-feira (05), uma maior apropriação nacional e intervenção coordenada da ONU, como uma das condições cruciais para melhor servir o povo da Guiné-Bissau.

O também Representante Especial Adjunto do Secretário-geral da ONU falava durante a cerimónia de abertura do seminário de introdução à revisão intercalar do Quadro de Parceria entre a Guiné-Bissau e as Nações Unidas 2016-2020 (UNPAF), que contou com a presença do Diretor-geral da Cooperação Internacional, Marcelo d’Almeida.

De acordo com David McLachlan-Karr, “uma revisão e implementação a médio prazo eficaz do quadro de parceria 2016-2020 será extremamente desafiante, sem uma forte apropriação e coordenação nacional, e um sistema sólido de monitoramento e avaliação”.

Nesse sentido, apelou a um “maior empenho e participação” quer do governo, quer das Nações Unidas, sociedade civil, setor privado e dos parceiros de desenvolvimento” no processo de revisão intercalar, assim como nas “fases posteriores da implementação e monitoramento do quadro de parceria assinado e lançado em abril de 2016.

“Com estas condições cruciais, esperamos construir uma ONU cada vez mais relevante para o povo da Guiné-Bissau. Uma ONU que reúne todos”, acrescentou.

No contexto da reforma da ONU, o quadro de parceria é o mais importante documento e mecanismo de planificação das Nações Unidas no país, avançou o Coordenador Residente da ONU. A esse propósito, relembrou ainda que o foco das Nações Unidas deve ser o desenvolvimento sustentável, exigindo que a organização intervenha como um todo para ajudar o governo a atingir resultados sólidos face às prioridades nacionais.

“Em vez de apenas um quadro consolidado de todas as atividades dos Programas e Agências do sistema, o UNPAF deve tornar-se uma resposta coerente e sistemática de toda a organização face às prioridades nacionais”, referiu o Coordenador Residente da ONU.

Para terminar o seu discurso, David McLachlan-Karr agradeceu a “excelente” parceria que a organização tem observado na Guiné-Bissau ao longo dos anos e acrescentou estar “ansioso” para, na base do quadro de parceria, conduzir a intervenção da ONU para um “futuro pacífico, próspero e saudável para a Guiné-Bissau” e toda a sua população.

O governo da Guiné-Bissau e as Nações Unidas acordaram em proceder, durante os meses de setembro e outubro, à revisão intercalar do quadro de parceria para avaliar os progressos realizados na sua implementação. O lançamento, que teve lugar nesta quarta-feira, em Bissau, reuniu cerca de 50 participantes de instituições governamentais, sociedade civil, setor privado, e agências, programas e fundos da ONU.

O Quadro de Parceria entre a Guiné-Bissau e as Nações Unidas 2016-2020 (UNPAF), assinado e lançado em abril de 2016, é o resultado de extensas consultas com o governo, organizações da sociedade civil, setor privado e demais parceiros de desenvolvimento.