Para destacar a importância do evento, a cerimónia de abertura terá lugar, hoje, dia 1 de Julho, às 16 horas, na Assembleia Nacional, na presença de autoridades nacionais e parceiros internacionais.

Duas conferências estão agendadas para Bissau - Hotel Ankar e Hotel Lisboa - e uma em Quinhamel. Estas seguem-se a uma série de oito já realizadas em todo o país desde meados de junho. De acordo com participantes dessas reuniões anteriores, o egoísmo, a falta de tolerância, a corrupção, a falta de ética no exercício da política e a impunidade são as principais questões que afligem o país, e portanto, devem ser abordadas na Conferência Nacional.

A Comissão organizadora da Conferência Nacional "Caminhos para a Paz e Desenvolvimento" (COCN) que está a liderar o processo, foi reactivada há um ano pelo Parlamento Nacional, a fim de reunir toda a sociedade para escolher o modelo adequado para a reconciliação na Guiné-Bissau.

De um modo geral, os guineenses consideram a Conferência Nacional um instrumento unificador para o povo e a chave para o sucesso desta conferência passa por um diálogo franco e perdão.

De acordo com UNIOGBIS, que apoia todo o processo das conferências regionais à nacional, há vários modelos de diálogo e de reconciliação e exemplos de outros países em análise mas serão "os Guineenses a escolher o melhor para o seu país."

Na sua última resolução (2267), de fevereiro de 2016, o Conselho de Segurança da ONU pediu ao UNIOGBIS para apoiar um diálogo político inclusivo e processo de reconciliação nacional para fortalecer a governabilidade democrática e trabalhar para um consenso sobre as principais questões políticas em particular no que diz respeito à implementação de reformas urgentes necessárias.

O Conselho também salientou que "qualquer solução duradoura para a instabilidade na Guiné-Bissau deve incluir medidas concretas para combater a impunidade e garantir que os responsáveis por assassinatos políticos e outros crimes graves, tais como violações da ordem constitucional e actividades relacionadas com o tráfico de drogas sejam levadas a justiça, incluindo através de mecanismos judiciais nacionais."