UNIOGBIS organiza formações para membros do Parlamento e das Forças Armadas

9 abr 2011

UNIOGBIS organiza formações para membros do Parlamento e das Forças Armadas

25 Outubro 2010 - O UNIOGBIS, em parceria com as instituições da Guiné-Bissau, iniciou segunda-feira dois ateliês sobre "Orçamentos sensíveis ao género" e "Direitos Humanos" dirigidos aos membros do Parlamento da Guiné-Bissau e das Forças Armadas, respectivamente, como parte de seu programa de reforço das instituições do Estado.

 

Dirigindo-se aos 35 participantes no workshop sobre "Orçamentos sensíveis ao género", o presidente da Assembleia Nacional guineense, Raimundo Pereira convidou os deputados a pedirem ao Governo mais atenção nas questões sociais no seu processo de orçamento, ou seja, na educação e na saúde.

Em representação do Representante Especial do Secretário-Geral na Guiné-Bissau, Babafemi Badejo recordou o "papel crucial" do Parlamento no processo orçamental, sublinhando que "um dos aspectos mais importantes do escrutínio legislativo é assegurar que o orçamento aborde as necessidades de homens e mulheres de uma maneira justa e que atende as necessidades dos mais vulneráveis da sociedade ".

A Rede da Mulher Parlamentares da Guiné-Bissau, co-organizadora do workshop de quatro dias, afirmou que o Orçamento do Estado do país não tem levado em conta as questões de género mas espera que a formação possa ajudar a mudar a situação.

Com relação ao workshop de dois dias sobre os Direitos Humanos para os membros das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Aristides Ocante da Silva, disse que, como cidadãos, os militares devem ser formados nessa temática.

Ao anunciar a futura implementação do código de conduta da CEDEAO, o ministro disse que os resultados da RSS serão vistos nos próximos meses.

Em nome do RESG, o chefe de secção da RSS do UNIOGBIS, Antero Lopes, lembrou a necessidade da reforma dos sectores de defesa e segurança. "As Forças Armadas são vistas hoje como fonte de paz, progresso, justiça, desenvolvimento e reconciliação nacional. Assim, é imperativo que a Guiné-Bissau ganhe novamente admiração e respeito ", destacou, enquanto ressegurava o apoio da comunidade internacional ao processo de RSS.

O workshop reuniu 30 oficiais e soldados dos três ramos das Forças Armadas e visa auxiliar na compreensão do papel das forças de defesa na promoção dos direitos humanos e a relação com a sociedade civil e as instituições democráticas.