União Africana destaca progressos com Nações Unidas na abordagem dos desafios de paz e segurança

6 set 2011

União Africana destaca progressos com Nações Unidas na abordagem dos desafios de paz e segurança

6 Set 2011 - O Presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, destacou os progressos registados no reforço da coordenação entre a União Africana (UA) e as Nações Unidas na abordagem de desafios comuns de paz e segurança em África, num encontro de alto nível recentemente realizado no Cairo.

 

"Queria mencionar o estabelecimento de uma equipa conjunta AU-NU, integrada por destacados oficiais das duas organizações, para proceder à revisão sistemática das preocupações comuns, articulação das estratégias conjuntas e identificação de passos práticos que devem ser tomados. Dentro de algumas semanas, esta equipa conjunta irá ter uma nova reunião em Nova Iorque. Não tenho dúvida que este encontro dará um novo ímpeto à cooperação entre a UA e as Nações Unidas", declarou Ping durante o 2º Retiro de Alto Nível da UA sobre a Promoção da Paz, Segurança e Estabilidade em África.

Jean Ping disse ainda ser "essencial que a UA e as Nações Unidas continuem a reforçar a sua parceria estratégica, tendo em conta as complexidades actuais da África no tocante aos desafios de paz e segurança, a necessidade de respostas inovadoras e a importância de uma apropriação e liderança pela África".

O encontro do Cairo reuniu cinco antigos Chefes de Estado, Enviados Especiais e Representantes da UA assim como representantes de organizações parceiras como as Nações Unidas, União Europeia, Organização da Conferência Islâmica, Organização Internacional da Francofonia e ainda representantes da sociedade civil. O Representante Especial do Secretário-Geral na Guiné-Bissau e chefe do UNIOGBIS, Joseph Mutaboba, participou no evento.

Os participantes reconheceram que os conflitos armados e a violência que prevalecem no continente apesar dos progressos significativos nos últimos anos se devem à ausência de melhorias significativas na governação política e económica no continente, situação geradora de frustração e descontentamento da população, o que conduz a revoltas e revoluções nalguns casos. Por conseguinte, destacaram a necessidade da boa governação através do reforço da cultura democrática e das instituições, respeito dos direitos humanos, promoção do Estado de Direito como meios de prevenção dos conflitos bem como o aumento da participação dos cidadãos na resolução dos problemas.