Secretário-Geral deplora uso da força para resolver diferendos na Guiné-Bissau

28 dez 2011

Secretário-Geral deplora uso da força para resolver diferendos na Guiné-Bissau

28 dezembro 2011 - O Secretário-Geral Ban Ki-moon condenou na terça-feira o uso da força para acertar diferenças na Guiné-Bissau e apelou ao respeito da legalidade das autoridades civis no país.

 

Numa declaração emitida pelo seu porta-voz, Ban Ki-moon encoraja as autoridades da Guiné-Bissau a assegurarem-se que as investigações sobre os eventos relatados decorram em conformidade com os trâmites legais, precisando que está a acompanhar a situação. Reafirmou ainda o apoio das Nações Unidas ao processo de consolidação da paz no país.

"A primazia do direito das autoridades civis legais deve ser respeitada, de acordo com a Constituição", lê-se na declaração.

Há uma semana, o Conselho de Segurança renovou o mandato do UNIOGBIS até Fevereiro de 2013 para consolidar a paz e estabilidade e pediu ao Governo e aos actores políticos a trabalharem juntos para alcançarem estes propósitos.

Na terça-feira, representantes das Nações Unidas assim como embaixadores e membros de organizações internacionais foram informados pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros sobre os acontecimentos de 26 de dezembro. Segundo o ministro, as autoridades judiciais militares e civis levarão a cabo investigações conforme os procedimentos legais.

Durante a tarde, o UNIOGBIS acolheu um encontro entre diplomatas acreditados em Bissau para analisar a situação actual.

Entretanto o presidente da comissão da União Africana (UA), Jean Ping, chegou esta manhã à Bissau para uma visita de algumas horas durante a qual irá encontrar-se com o Presidente do Parlamento e Chefe de Estado interino, o Primeiro Ministro bem como parceiros internacionais.

Um comunicado oficial emitido segunda-feira à tarde após um encontro entre o Presidente do Parlamento, o Primeiro Ministros, membros do Governo e o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas dava conta do ataque, a 26 de dezembro, das instalações do Estado Maior do Exército por um grupo de militares, "tendo retirado armas e munições que de seguida foram transportadas para a Marinha". Relatos da imprensa indicam que o Chefe de Estado Maior da Marinha e oficiais das forças de defesa e segurança foram detidos. (Com Centro de Notícias da ONU)