19 de Novembro de 2013 - O Representante Especial do Secretário-Geral (RESG) das Nações Unidas, José Ramos-Horta, manteve hoje um encontro com o embaixador da França em Bissau, em que elogiou o "pragmatismo" de Paris no acompanhamento do processo guineense.

"Na verdade, reconheço que desde a minha chegada à Guiné-Bissau a França tem demonstrado muita sensibilidade - dada a longa experiencia no continente -, com realismo, pragmatismo, sem abandonar princípios, sabendo como fazer avançar processos complicados", declarou à saída do encontro o RESG.

"A França goza portanto de muito respeito entre todos os atores politicos e até entre os militares na Guiné-Bissau. A sua postura é muito firme no que toca ao Estado de Direito e Direitos Humanos", acrescentou.

José Ramos-Horta concluiu que "a França é apreciada por não se esconder atrás de princípios e evitar o diálogo" e, daí, ser "sempre um grato prazer" que conversa com os "amigos diplomatas, no quadro do "excelente diálogo com o Quai d'Orsay" (Ministério dos Negócios Estrangeiros da França).

Por seu turno, o embaixador francês sublinhou que "José Ramos-Horta, enquanto RESG, representa um papel muito importante para que a Guiné-Bissau possa sair da crise".

"Estamos razoavelmente otimistas sobre a data prevista para a realização das eleições, porque se acham reunidas todas as condições, desde as constitucionais, às orçamentais", indicou.

O Embaixador Pierre Voillery não quis deixar de sublinhar "a enorme contribuição de Timor-Leste, que tem sido decisiva para o processo eleitoral".