16 de Dezembro de 2013 - O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, confronta o Procurador-Geral da República com o imperativo da conclusão das investigações sobre o linchamento de um cidadão nigeriado e o ataque à Embaixada da Nigéria.

A declaração do RESG vem no seguimento da tomada de posição que nesta matéria assumiu o Procurador-Geral da República (PGR), Abudu Mané, dia 12 na Assembleia Nacional Popular.

Diz a declaração do RESG José Ramos-Horta:

Fui informado pelo Senhor Presidente da República, Serifo Nhamajo, num dos nossos encontros há cerca de dois meses, de que as investigações sobre o linchamento de um cidadão nigeriado e o ataque à Embaixada da Nigéria em Bissau estavam já na fase de conclusão. O mesmo foi corroborado pelo Senhor Procurador-Geral da República, Abudu Mané, havendo indícios de que os incidents poderiam ter sido orquestrados.

Fico surpreendido com as recentes declarações do Senhor Procurador-Geral da República, segundo o qual ainda não foi possível concluir as investigações por alegada falta de viaturas.
Mas o facto é que as instituições de Estado, na Guiné-Bissau, possuem viaturas em quantidade, que poderiam ser disponibilizadas para o efeito.

Estou certo de que as autoridades da Guiné-Bissau continuam conscientes da extrema gravidade dos casos em apreço e espero que tudo façam de acordo com a lei para que, estes e outros crimes e barbáries cometidos no país não fiquem impunes, nem esquecidos.