11 Junho 2010 - O Representante Especial do Secretário-Geral na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, destacou hoje os progressos alcançados e os desafios que a Guiné-Bissau deve superar na implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança, num encontro com mulheres líderes e ativistas da paz no país.

"Na Guiné-Bissau, também, foram registados alguns progressos relacionados com a implementação da Resolução 1325. O plano de acção nacional foi aprovado. Este plano é o resultado de esforços para identificar as actividades a serem realizadas e garantir uma participação maior e mais eficiente do sexo feminino em todas as fases de consolidação da paz ", Mutaboba disse na cerimónia em Bissau, assinalando a abertura do Dia Aberto Resolução 1325.

Na cerimónia estiveram também presentes a Coordenadora Residente das Nações Unidas no país, Giuseppina Mazza e três ministras da Guiné-Bissau, titulares das pastas da Presidência do Conselho de Ministros, do Interior e da Família.

A Coordenadora Residente considerou o evento "uma oportunidade muito preciosa e excelente para o intercâmbio entre ativistas da paz na Guiné-Bissau" e reafirmou que ao sistema está tentando resolver "dia após dia, as necessidades da população ".

Durante a cerimónia, as mulheres da Guiné-Bissau líderes e ativistas da paz, entregaram um documento intitulado "Parcerias para a paz e as Perspectivas da Mulher em Resolução de Conflitos" que contempla questões relacionadas com a justiça e impunidade, resolução de conflitos, prevenção de conflitos, Reforma do Sector da Defesa e Segurança, desenvolvimento humano e responsabilidades.

As ativistas da paz pediram para que seja assegurada "no mínimo a participação de 25% das mulheres em todos os mecanismos de paz e de tomada de decisão a nível nacional, inclusive o Diálogo Nacional, o comitê gestão para Reforma do Sector da Segurança e o processo de revisão constitucional".

A cerimónia de Bissau foi uma contribuição para a comemoração dos 10 anos da Resolução do Conselho de Segurança 1325 (2000), marcada por reuniões entre grupos de mulheres da paz e da liderança da ONU, nomeadamente RESGs nos países onde a ONU tem missões de manutenção da paz ou missões políticas, para construir o diálogo sobre mulheres, paz e segurança que irá contribuir para uma melhor implementação da presente resolução.

Os resultados destes eventos isto é as necessidades e preocupações das mulheres em contextos de conflito serão comunicados ao Conselho de Segurança em Outubro de 2010, para discutir os mecanismos destinados a acelerar a implementação da resolução 1325.