“ONU garante seu apoio a Guiné Bissau e ao seu povo”, disse o SRSG

12 out 2012

“ONU garante seu apoio a Guiné Bissau e ao seu povo”, disse o SRSG

12 de Outobro - O Representante Especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Sr. Joseph Mutaboba, reiterou sexta-feira, o compromisso das Nações Unidas para com este país da Africa Ocidental e seu povo.

Falando em conferência de imprensa na sede do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), o Sr. Mutaboba informou os órgãos de comunicação social das suas recentes missões a Nova Iorque e Dacar, destacando avanços significativos nos esforços para a promoção do diálogo entre os atores nacionais e parceiros internacionais da Guiné-Bissau.

" Apesar de a ONU ter sido obrigada a concentrar-se sobre algumas crises que atraem mais atenção em todo o mundo, não deixou de lado a crise na Guiné-Bissau. Nas várias reuniões que tive na sede das Nações Unidas, recebi garantias de que a ONU vai manter o seu compromisso para com a Guiné-Bissau, para que o povo guineense possa viver na paz e estabilidade de que tanto necessita, para o seu bem-estar e desenvolvimento."
"Olhando para o resultado das últimas semanas, é evidente para mim que já não estamos no mesmo lugar de antes", disse ele. "Por um lado, os contatos foram iniciados entre a CEDEAO, a União Europeia e da CPLP, sob os auspícios da ONU e da União Africana sobre a questão da Guiné-Bissau".

"Além disso, as autoridades máximas do Governo de Transição e o governo deposto se reuniram em Nova Iorque pela primeira vez", disse ele.
Outro desenvolvimento importante é a decisão tomada pelos parceiros, de enviar uma missão conjunta de avaliação à Guiné-Bissau para constatar in loco, falar com os diferentes atores e prosseguir os esforços para a harmonização das posições dos parceiros. "A missão, cuja data ainda não está definida, será composta por ONU, a UA, CEDEAO, CPLP e da União Europeia", explicou.

Em Dacar, o Representante Especial participou segunda-feira na vigéssima-quarta consulta de alto nível dos chefes das missões de paz da ONU na África Ocidental, junto dos representantes do Secretário Geral da ONU para a África Ocidental, da Costa do Marfim, Libéria e Serra-Leoa. O seu objetivo principal foi de analisar os progressos alcançados na coordenação das atividades das Nações Unidas na promoção da paz e estabilidade nesta sub-região africana.

"A nível sub-regional, discutimos os desafios da África Ocidental na área de paz e estabilidade, inclusive, a crise na região do Sahel e a pirataria no Golfo da Guiné," afirmou o Sr. Mutaboba, que enfatizou ainda ser pertenente a colaboração local, regional e internacional para tratar das questões de segurança transfronteiriça e global.

Em relação à Guiné-Bissau, os chefes das missões da ONU elogiram os esforços recentes de advocacia e mediação feitas pela ONU e União Africana (UA), que visam reativar o diálogo e harmonizar as posições dos parceiros internacionais do país, no âmbito da Resolução 2048 (2012) do Conselho de Segurança.

Eles enalteceram igualmente o importante papel de liderança nacional, que precisa ser desempenhado pelos diversos atores na Guiné-Bissau na resolução do bloqueio político. O Sr. Mutaboba disse ainda que " ninguém vai resolver os problemas da Guiné-Bissau, se os Guineenses, eles-mesmos, não consentirem esforços para lidar com o seu passado e seu futuro".

Os chefes das missões saudaram os contatos recentes entre as autoridades depostas e as de transição em Nova Iorque. Encorajaram os novos esforços a serem prosseguidos com vista a assegurar um processo de transição inclusivo e um diálogo genuinamente nacional. Eles reiteraram ainda que os militares deveriam respeitar o governo civil, abster-se de interferir nos assuntos políticos e judiciais, e respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais.