Inspiradas por formação sobre participação política, mulheres da região de Bafatá prometem não votar em partidos políticos sem mulheres nas listas

As Mulheres da região de Bafatá participantes no encontro de capacitação sobre a participação política das mulheres, afirmaram hoje que não vão votar nos partidos que não incluam mulheres nos primeiros lugares das listas, na próxima eleição legislativa.

31 ago 2017

Inspiradas por formação sobre participação política, mulheres da região de Bafatá prometem não votar em partidos políticos sem mulheres nas listas

A promessa foi feita no encerramento do encontro de promoção da participação política das mulheres no processo de diálogo inclusivo e protecção dos Direitos Humanos que decorreu entre 30 e 31 de agosto em Bafatá. O encontro foi promovido pelo Comité das Mulheres Parlamentares da Guiné-Bissau em parceria com a secção de Género do UNIOGBIS.

Umo Bari Djaló, em representação das participantes apresentou as suas recomendações ao parlamento: “Aprovação da lei de quota por parte dos partidos políticos com assento parlamentar; Exigir a inclusão de mulheres nos primeiros lugares das listas eleitorais; As mulheres titulares das listas eleitorais para o circulo de Bafata devem ser desta região.”

Participaram neste encontro 37 mulheres provenientes dos seis sectores que fazem parte da região de Bafatá, deputadas na nação, membros da plataforma das mulheres e jornalistas.    

A deputada Suzi Barbosa, Coordenadora de Comité de Mulheres Parlamentares da Guiné-Bissau, afirmou que o parlamento guineense está empenhado em aumentar a participação política das mulheres no país. “A Guiné-Bissau tem uma população maioritariamente constituída pelas mulheres e é muito triste constatar que elas não têm as mesmas oportunidades tal como os homens sobretudo em ocupar lugares da tomada de decisões que se tivessem talvez a situação de estabilidade do país teria sido outra”.

Segundo a deputada, na Guiné-Bissau as mulheres representam 10 por cento da população activa na vida política, e 25 por cento dos cargos públicos.

A responsável da Secção do Género do UNIOGBIS, Judith Mirembe, disse esperar que no final o encontro as mulheres fiquem com muita vontade e “mais confiantes para participar nos processos de diálogos, participar na arena política, na governação e espero que teremos a partir deste encontro mulheres exemplares na sociedade”.