Governo, PAM e UE cofinanciam estudo sobre o custo da fome na Guiné-Bissau

Bissau, 11 de setembro (UNIOGBIS/PIU) -O Governo guineense, em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a União Europeia (UE) lançaram na quinta-feira, dia 07 de setembro, um estudo que visa a obtenção de dados credíveis sobre o impacto da má-nutrição na Guiné-Bissau.

11 set 2017

Governo, PAM e UE cofinanciam estudo sobre o custo da fome na Guiné-Bissau

A acção está enquadrada no ‘Estudo sobre o Custo da Fome em África' (Cost of Hunger in Africa – COHA) – sigla inglesa. Trata-se de uma iniciativa continental protagonizada pela Comissão da União Africana e apoiada pela Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina e Caraíbas (CEPAL) e o NEPAD. Visa demonstrar o nível de custos provocados à economia nacional e à condição social pela desnutrição infantil e os possíveis retornos económicos que podem advir de investimentos apropriados na nutrição.

Segundo estudos já realizados em 12 países africanos, a má-nutrição é responsável pela perda de 16% do PIB. Na Guiné-Bissau, onde a taxa de má-nutrição infantil ronda os 27,6 por cento, o estudo vai ser realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau e prevê-se que fique concluído em junho de 2018.

O ministro do Estado, da Economia e Finanças, João Alage Mamadu Fadiá, que presidiu ao lançamento oficial, sublinhou a importância deste estudo e o empenho do Governo, que vai financiar uma parte dos custos. A iniciativa conta também com o apoio das Nações Unidas, através do Programa Alimentar Mundial, da União Africana e da União Europeia.

“A presença aqui de toda a família da ONU e de outros parceiros internacionais é prova da importância que todos reconhecem a este problema da malnutrição.”, disse o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, Modibo Touré..

A representante do PAM, Kyiomi Kawaguchi, frisou que o estudo “vai permitir desenhar melhores políticas públicas para acabar com o problema da desnutrição infantil que como se sabe tem um impacto negativo na educação na saúde, na economia e no desenvolvimento sustentável do país.”

“Sabemos que um pequeno investimento na saúde das crianças pode ter um efeito multiplicador na economia e desenvolvimento do país.”, lembrou Modibo Touré.