18 Maio 2012 - O Conselho de Segurança impôs hoje a interdição de viajar a cinco oficiais militares autores do golpe de estado do mês de Abril último contra o Governo da Guiné-Bissau e pediu aos estados membros que assegurem que estes indivíduos não entrem ou transitem pelos seus territórios.

Numa resolução aprovada sexta-feira, o Conselho exige à hierarquia militar da Guiné-Bissau passos imediatos para restaurar e respeitar a ordem constitucional, incluindo um processo eleitoral democrático, assegurando que todos os soldados voltem aos quartéis e que abandonem as suas posições de autoridade.

A interdição de viagem visa cinco golpistas Gen. António Indjai, Maj-gen. Mamadu Ture (ambos na foto), Bri-gen. Ibraima Camará Estevao Na Mena e Ten-co. Daba Naualna.

Os membros do Conselho evocaram a possibilidade de rever as medidas que constam da resolução incluindo o seu reforço através de medidas adicionais como o embargo sobre as armas e medidas financeiras.

Destacaram a necessidade de todos os actores guineenses e parceiros internacionais manterem o empenho no "regresso da ordem constitucional", encorajando a CEDEAO a continuar os seus esforços de mediação, em "coordenação próxima" com a ONU, a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

De igual modo, o Conselho manifesta a sua preocupação relativa aos relatórios dando conta de pilhagens, incluindo meios do estado, violações dos direitos humanos, nomeadamente detenções ilegais, mau tratamento dos detidos, repressão de manifestações pacíficas e restrições à liberdade de movimento, precisando que os autores destes abusos devem ser responsabilizados.

O Conselho também pede ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que se mantenha ativamente envolvido no processo de mediação e que harmonize as posições dos parceiros bilaterais e multilaterais da Guiné-Bissau. (Fonte: Centro de Notícias da ONU)