Além disso, sublinharam que a oportuna nomeação de um novo primeiro-ministro pelo Presidente da República é crucial.”

Os Chefes das Missões congratularam-se com a realização de eleições parlamentares pacíficas, credíveis e transparentes na Guiné-Bissau a 10 de março, e elogiaram os actores nacionais e parceiros internacionais pelo apoio e colaboração prestada.

No entanto, eles expressaram preocupação com o facto de os esforços de estabilização pós-eleitorais estarem a enfrentar sérios desafios relacionados com o ressurgimento de divisões partidárias em torno da eleição dos membros da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Eles pediram ainda às autoridades nacionais e à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que completem o ciclo eleitoral organizando as eleições presidenciais antes do final de 2019, em conformidade com a Constituição e a Lei Eleitoral. Os Chefes de Missões encorajaram os parceiros, particularmente o Grupo dos Cinco (UA, CPLP, CEDEAO, UE e ONU) a continuar a coordenar as suas actividades e a apoiar e envolver os actores políticos guineenses, a fim de promover um diálogo genuíno e o desenvolvimento no país.

O Escritório Integrado das Nações Unidas para a consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) acolheu pela primeira vez a reunião anual dos chefes das missões de paz da ONU na África Ocidental. Este encontro regular tem como objetivo principal a partilha de informação e análise da situação de paz e segurança na sub-região, fortalecer a coordenação, a fim de reforçar as sinergias para enfrentar os desafios comuns que as regiões da África Ocidental e do Sael enfrentam.

A reunião foi presidida pelo Representante Especial do Secretário-geral (RESG) da ONU  para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, e contou com a participação do RESG na Guiné-Bissau, José Viegas Filho, Representantes das Missões de Paz no Mali (MINUSMA), República Centro Africana e os Coordenadores Residentes do Sistema das NU na Costa do Marfim e Libéria, países onde as missões de paz da ONU encerraram nos últimos anos.

Para além da Guiné-Bissau, as discussões centraram-se nos recentes incidentes de segurança na região. Os Chefes das Missões expressaram as suas condolências às famílias das vítimas, civis e militares, inclusive no Mali, Burkina Faso e Níger, bem como na Bacia do Lago Chade, enquanto condenavam veementemente os ataques contra civis e forças de paz. Sublinharam a necessidade de uma abordagem multidimensional e regional para abordar as causas profundas da insegurança e apelaram a uma cooperação reforçada entre todos os intervenientes relevantes e os governos envolvidos.