A RESG informou as autoridades sobre o encerramento dos escritórios regionais do UNIOGBIS, decisão que saiu da ultima resolução de conselho de segurança da ONU, observou os preparativos para as eleições nas regiões, ouviu e esclareceu a população sobre apoio da ONU ao processo eleitoral e à consolidação da paz na Guiné-Bissau

Em Bafatá, a RESG ouviu as preocupações de líderes políticos, religiosos e sociedade civil nomeadamente sobre a linguagem agressiva e política que promove divisões etno-religiosas. Rosine Coulibaly encorajou todos a contribuírem para um processo eleitoral pacífico e para a consolidação da paz na Guiné-Bissau.

 “Se tivermos eleições pacíficas podemos começar a trabalhar para o desenvolvimento e a melhoria da condição de vida da população. Pensem no futuro dos vossos filhos e façam com que Amilcar Cabral se orgulhe de vós”, disse a RESG.

Na Companhia do Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento “PNUD”, Tjark Egenhoff, Rosine Coulibaly reuniu-se com as autoridades regionais, Comandantes das forças de defesa e segurança, Coordenador do Centro de Acesso à Justiça, Comissariado regional da POP e o Tribunal Regional de Bafatá para se inteirar da situação das religiões e sobre como as Nações Unidas podem ajudar mais e melhor, dentro do seu mando.

De seguida foram visitar a futura 'Casa da Justiça', um complexo que abriga o tribunal, os Serviços de Registro e Notariado, Centro de Acesso à Justiça, entre outras. A construção, financiada pelo PNUD, está pronta e aguarda a instalação de painéis solares e água para tornar operacional.

Rosine Hadizatou Sori Coulibaly, reafirmou durante os encontros que as Nações Unidas estão disponíveis para apoiar o povo da Guiné-Bissau, e pediu-lhes para que todos trabalhassem juntos pela promoção da Paz na Guiné-Bissau.

A RESG, que falou com o Conselho de Segurança a partir de Bafatá, regressou a Bissau mais cedo devido à situação política mas a sua equipa continuou os contactos com a população.

Em Gabu, a delegação visitou o setor de Embalobé e Bani, onde houve disputa de terras agrícolas nessas duas aldeias vizinhas (a cerca de 34 km de Gabu) que resultou na morte de uma pessoa da Embalobe em 29 de abril de 2019. Em retaliação, os cidadãos de Embalobe, queimaram casas em Bani, cidade natal do suposto assassino, atualmente detido. Graças à mediação de alguns líderes tradicionais e à intervenção das autoridades, a situação é estabilizada, mas permanece alguma tensão.

Estas visitas fazem parte de um programa regular de contactos com os escritórios regionais do Gabinete Integrado das Nações Unidas Para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS). As próximas visitas da SRSG ao terreno serão os escritórios regionais de São-Domingos e Buba.