Dia Internacional da Mulher: Temos de reforçar a nossa determinação – RESG

10 Mar 2015

Dia Internacional da Mulher: Temos de reforçar a nossa determinação – RESG

10 de Março de 2015 (Menu/notícias/multimédia/rádio) - O Dia Internacional da Mulher foi comemorado a 8 de Março na Praça os Heróis Nacionais, Bissau, com um desfile a que assistiram os representantes do Presidente da República e do secretário-geral da ONU, membros do governo, primeira-dama, corpo diplomático e organizações internacionais.

A jornada teve início com uma marcha participada por centenas de mulheres das instituições regionais, nacionais e da sociedade civil, numa iniciativa inédita que contou com as presenças de 14 países.

Na ocasião, Miguel Trovoada leu a mensagem do secretário-geral da ONU, em que destacou:
"Mesmo nas sociedades vivendo em paz, muitas raparigas e mulheres são ainda alvo de abuso doméstico, mutilacão genital e outras formas de violência que traumatizam individuos e prejudicam toda a sociedade. A discriminação continua a ser uma espessa barreira, que precisa de ser destruída. Precisamos de aumentar oportuidades na política, negócios e mais além. Precisamos de mudar a mentalidade, especialmente entre os homens, e fazer com que eles se transformem nos principais agentes da mudança. E temos de reforçar a nossa determinação, com recursos baseados no entendimento pleno de que os investimentos baeados na igualdade de género geram progresso económico, inclusão política e social, e outros benefícios que, por sua vez, fomentam a estabilidade e a dignidade humana".

"Este é um ano crucial para fazer avançar a causa dos direitos das mulheres. A comunidade internacional está a trabalhar arduamente no estabelecimento de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável com base nos ODM, e para promover políticas e investimentos sociais para a próxima geração", acrescentou.

A titular da pasta da Defesa, Cadi Seidi, em representação da ministra da Mulher, Família e Coesão Social, lançou por seu turno apelos ao legislativo para implementar todos os instrumentos jurídicos a favor da mulher, ao governo para no seu programa tomar em conta as necessidades específicas das mulheres, no OGE e em áreas como a educação saúde e previdência social, bem como para pôr à disposição linhas de crédito.

Apelou igualmente ao setor privado para colaborar com o executivo visando facilitar a criação de cooperativas e associações que permitam o desenvolvimento económico, ao poder judicial para cercear as violações dos direitos elementares das mulheres, ao poder tradicional para continuar o processo de abandono das práticas nefastas, às organizações da sociedade civil para prosseguirem com o investimento na educação, saúde e bem-estar, ao poder religioso para ajudar a instruir as mulheres guineenses e, finamente, às próprias mulheres, para continuarem a acreditar nelas próprias.

O programa passou ainda por declamação de poemas, dramatização teatral e música, prosseguindo no porto do Alto Bandim com um evento gastronómico, exposição de produtos, desfiles de moda e mais animação musical.

As celebrações tiveram início no princípio da semana com um torneio de futebol feminino entre várias instituições, seguido de uma formação sobre Transformação, Higiene e Segurança Alimentar e por um djumbai temático no Centro Cultural Português.