Resultados da mesa redonda e ações imediatas para desbloquear os fundos prometidos em Bruxelas

3 Apr 2015

Resultados da mesa redonda e ações imediatas para desbloquear os fundos prometidos em Bruxelas

1 de Abril de 2015 (Menu/notícias/multimédia/rádio) - A Guiné-Bissau realizou no dia 25 de março, em Bruxelas, capital da Bélgica e da União Europeia, uma mesa redonda com os parceiros internacionais, a fim de mobilizar apoios financeiros para relançar o desenvolvimento económico e social do país.

O país, através do Plano Estratégico do Governo, batizado (Tera Ranka), precisava de pouco mais de 500 mil milhões de francos CFA para investimentos em mais de 200 projetos de desenvolvimento.

Co-organizado pelo Governo, União Europeia e as Nações Unidas, na mesa redonda, presenciada pelo Presidente José Mário Vaz e seu homólogo do Senegal, Macky Sall, os parceiros de cooperação da Guiné-Bissau disponibilizaram mais de um bilião de euros (1.5 mil milhões de dólares) às autoridades guineenses para materializar o seu plano de desenvolvimento até 2025.

Em termos da importância dos fundos prometidos, o Banco Oeste Africana de Desenvolvimento (BOAD), anunciou um apoio financeiro de 300 milhões de euros para assistir ao Plano Estratégico e Operacional apresentado por Bissau, a União Europeia, através de seu Comissário para a Cooperação e Desenvolvimento prometeu um apoio suplementar de 160 milhões de euros a serem desbloqueados em tranches até 2020, o Governo português anunciou a intenção de assinar até junho, um novo programa estratégico de cooperação com a Guiné-Bissau, num montante cifrado em 40 milhões de euros.

Quais são as expetativas dos guineenses com relação ao desbloqueamento dos fundos prometidos em Bruxelas e quais as áreas prioritárias a serem implementadas, eis ao que responderam como podem ouvir:

Questionada sobre as expetativas dos guineenses de verem o dinheiro prometido chegar bem cedo ao país, a senhora Maria do Vale Ribeiro, Representante Especial Adjunto do SG, Coordenador do sistema das NU e Representante Residente do PNUD para a Guiné-Bissau lembrou a afirmação a um jornal do ministro da Economia e Finanças de que "não é bem assim."

Segundo o chefe do Departamento de Assuntos Políticos, Imprensa e Informação da Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau, Hannes Hauser, a sua organização acredita na transparência da gestão dos fundos obtidos na mesa redonda de Bruxelas.

De acordo com o economista, Josue d'Almeida, a paz e boa-governação devem o ponto de partida para alcançar os objetivos preconizados.

Para o Diretor-Geral do IBAP, Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, Alfredo Simão da Silva, foi um sucesso que a Guiné-Bissau tenha conseguido este montante em termos de promessas na mesa redonda. Agora, falta todo um trabalho de como ir buscá-lo para a sua implementação.

Na opinião do presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), Gueri Gomes Lopes, a gestão rigorosa dos bens públicos é a condição sine qua non para o desbloqueamento de todos os fundos prometidos na mesa redonda de Bruxelas.

O nosso Convidado da semana é Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. Ele disse que pretende fazer, como ações imediatas, a restituição junto do Parlamento, dos resultados da mesa redonda no sentido de que as bancadas parlamentares estejam engajadas com o programa do governo e mais, com a nossa colega Juelma Mendes.