Guiné-Bissau a dar primeiros passos para o cooperativismo

16 Jul 2015

Guiné-Bissau a dar primeiros passos para o cooperativismo

4 de Julho 2015 - A Organização das Nações Unidas assinalou o dia 4 de Julho como o Dia Internacional das cooperativas. De acordo com as Nações Unidas, a cooperativa é uma associação autónoma de pessoas unidas voluntariamente para satisfazer suas necessidades económicas, sociais e culturais comuns e aspirações através de uma empresa de propriedade comum e democraticamente gerida.

Na mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, alusivo à data, Ban Ki-moon lembra quer “as cooperativas são particularmente importantes para a agricultura, a segurança alimentar e o desenvolvimento rural. No sector financeiro, as cooperativas atendem mais de 857 milhões de pessoas, incluindo dezenas de milhares que vivem na pobreza". O Secretário-Geral lembrou que existem cerca de 2,6 milhões de cooperativas no mundo que empregam cerca de 12,6 milhões de pessoas, o que constitui um “enorme” potencial para o desenvolvimento sustentável, acrescentou.

 

Na Guiné-Bissau não existe um número oficial de quantas cooperativas existem no país, mas algumas delas trabalham a nível local e nacional em diferentes domínios, como sector agrícola, pecuária, educativo.

Rui Fonseca, assistente de programa  do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no país, considera que a Guiné-Bissau está neste momento na fase de associativismo e “está a dar passos para um verdadeiro movimento cooperativo”.

Segundo o assistente do programa de FAO, Rui Fonseca, a sua organização tem estado a dar apoio tanto técnica como organizacional, reforçar as suas capacidades em termos de liderança e gestão de organização. Por exemplo caso concreto de associação de mulheres vendedeiras de peixe na região de Cacheu e Biombo que beneficiaram de todo um apoio técnico em termos de gestão de associações e de reforçar as suas capacidades em termos de gestão de negócios.”

A agência de promoção das actividades de poupança e microcrédito foi criada pelo governo nesta última legislatura com o objectivo de lutar contra a pobreza no país. Segundo Marcelino Costa, esta agência,” é um instrumento muito forte e poderoso que está a lutar fortemente na luta contra a pobreza, porque estamos a atribuir créditos às pessoas mais vulneráveis para investirem nas actividades geradoras de rendimento que querem fazer, mas não têm condições financeiras para o fazer, por isso estamos aqui para ajudar a realizar esses sonhos.”

A cooperativa ARTISAL foi criada em 2004 com o objectivo de não deixar o Pano di Pinti desaparecer e neste momento a organização conta com mais de 300 beneficiários.  A coordenadora da organização, Mariana Pereira disse que desde da sua criação, só este ano e com o novo governo é que conseguiram o apoio garantir o apoio institucional.

 

Micaello Biai do serviço de licenciamento e incentivo ao investimento privado do Ministério da Economia e Finanças disse que apoiam empresas do sector privado e cooperativas a beneficiarem de isenções fiscais e aduaneiros.