Primeiro ano das autoridades da Guiné-Bissau considerado de positivo

9 Jul 2015

Primeiro ano das autoridades da Guiné-Bissau considerado de positivo

2 de Julho de 2015 - As novas autoridades eleitas completaram um ano de governação em 4 de julho, considerado pelos guineenses, comunidade internacional e o governo de positivo apesar das dificuldades que o país enfrenta em termos políticos, económicos e sociais. Este primeiro aniversário foi o tema do programa de radio das Nações Unidas desta semana.

Domingos Simões Pereira considerou este ano de positivo e está convencido que foi um ano de muito trabalho e desafios.

"O fornecimento da energia e água continua a ser preocupação do governo, mas temos elementos necessários para garantir definitivamente o fornecimento de luz e água a Bissau e posteriormente as regiões, assim que terminar a época de chuva" informou o chefe de governo.

De acordo com o PM, a ameaça de Ébola continua a ser uma das preocupações do governo.

"A Ébola não desapareceu e continua a ser uma ameaça para o nosso país e por isso, é preciso renovarmos todos aqueles mecanismos que criamos que passa por lavagem de mãos, reportar qualquer caso suspeito, que os agentes de saúde tomem precauções em isolar qualquer situação suspeita".

Sobre o clima de tensão entre os órgãos de soberania que se tem verificado no país, o Primeiro-ministro disse que para poderem cumprir com os objectivos fixados têm que ter um ambiente favorável e serem capazes de concentrar no essencial.

"Eu sempre chamei atenção para perceberem que os assuntos que estamos a tratar não são fáceis, as vezes é normal que o nosso ponto de vista seja diferente, mas é sempre importante dialogarmos e temos estado a relançar o processo de diálogo, eu e o Presidente da República e com o Presidente da Assembleia " adiantou o chefe de governo.

Apesar de várias tentativas, a UIP não conseguiu obter o ponto de vista do Presidente da República.

Por sua parte, o Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas, Miguel Trovoada, realçou
de que os órgãos da soberania desejam que haja estabilidade e condições para promoção do desenvolvimento económico e do progresso social do povo guineense.

"Como resultado do programa de governo de emergência, vimos que algumas situações foram resolvidas. Consideramos este período bastante positivo e o balanço foi muito positivo e esperamos agora que todos estes alcances vai permitir aos parceiros começarem a concretizar as suas promessas" o chefe das Nações Unidas disse numa clara alusão às promessas feitas por vários doadores na mesa redonda de Março da Guiné-Bissau realizada em Bruxelas.

Os guineenses estão satisfeitos com o trabalho do governo e encorajam o executivo a continuarem com seu programa.

"Desde que iniciaram os trabalhos, estamos a ver coisas positivas apesar de existir um certo conflito que está-se a verificar mas que é normal, mas estamos a ver um certo entendimento no governo, o que é muito bom e vamos continuar a torcer para que continuem assim" comentou um cidadão no centro da cidade.

De acordo com as pessoas, as novas autoridades eleitas da Guiné-Bissau conseguiram cumprir com algumas das promessas feitas no início do seu mandato incluindo o pagamento dos salários atrasados de vários meses, fornecimento regular de água e energia, o sucesso do ano escolar e agrícola, e
a mesa redonda de Bruxelas relançou o país na arena internacional.