7 de abril 2015- O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e a liderança da UNIOGBIS têm multiplicado esforços para esclarecer o resultado da mesa redonda de doadores de Bruxelas ao povo da Guiné-Bissau.

O primeiro-ministro explicou que as promessas feitas pelos parceiros - no valor de 1,5 mil milhões de USD - não serão desembolsados diretamente, mas através de projetos a serem implementados em conjunto com os parceiros de desenvolvimento. Os anúncios feitos por doadores em Bruxelas, no passado 25 de março, também incluem a redução da dívida do país através da Iniciativa "Países Pobres Altamente Endividados" (HIPC, acrónimo em Inglês).
"Não haverá transferência directa de fundos para a nossa conta bancária. Em vez disso, vamos negociar projetos específicos a que esses recursos serão alocados, para pagar diretamente aos fornecedores e outros. ", Destacou o primeiro-ministro.

Numa recente entrevista para UNIOGBIS / PIU Domingos Simões Pereira explicou ainda que muitas das doações prometidas na mesa redonda já estão incluídas no quadro de cooperação assinado entre a Guiné-Bissau e os parceiros internacionais.

"Por exemplo, a União Europeia anunciou um importante pacote de 160 milhões de euros, mas este montante corresponde a um programa do Fundo Europeu para o Desenvolvimento, que em si tem uma série de exigências que temos de cumprir para podermos ter acesso a esses fundos", acrescentou.

A Representante Especial-Adjunta do Secretário-Geral, Maria do Valle Ribeiro, também lembrou que a mesa redonda é apenas mais um passo para o desenvolvimento da Guiné-Bissau: "A mesa redonda foi uma oportunidade para capturar alguns fundos, mas não é o único."

Maria do Valle Ribeiro considerou que a mesa redonda foi um sucesso: "Proporcionou uma oportunidade para Guiné-Bissau para apresentar a sua visão estratégica para o período de 2020-25 e para mostrar as suas ambições em termos de setores de segurança, defesa e justiça, e modernização da administração do Estado. "

Além desses setores "fundamentais", o primeiro-ministro identificou as áreas prioritárias para o governo: agricultura, pesca, turismo e mineração.

O Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira disse estar muito satisfeito com a resposta da comunidade internacional na mesa redonda de doadores. "Eles acreditam na nossa capacidade de construir um consenso em torno de nossa visão para os próximos 10 anos e que podemos implementar uma boa parte durante o nosso mandato. Mas isso significa que estaremos sob escrutínio pela comunidade internacional ", concluiu.

Hoje, o primeiro-ministro reuniu com os parceiros internacionais. Esta foi o terceiro numa série de encontros que começou há alguns dias com o Conselho de ministros e um encontro com os deputados na Assembleia Nacional.