Situação socioeconómica na Guiné-Bissau

25 Feb 2015

Situação socioeconómica na Guiné-Bissau

25 de Fevereiro de 2015 (Menu/notiícias/multimédia/rádio) - O programa de rádio da ONU desta semana é sobre a situação socioeconómica na Guiné-Bissau.

O último relatório do PNUD, realizado em dezembro último, sobre a situação socioeconómica da Guiné-Bissau nos quatro trimestres de 2014 informa que o último período foi marcado por uma evolução nas actividades económicas como a preparação da mesa de redonda dos doadores internacionais em Bruxelas, visando mobilizar recursos para fazer face aos desafios do governo nos próximos 5 anos.
Foi ainda marcado pelo crescimento em 2,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) que poderá subir para 4% com o reforço da melhoria de produção castanha de caju e a retoma da cooperação com os parceiros de desenvolvimento.

Em dezembro de 2014, o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 148,2 bilhões de francos CFA, foi aprovado pela Assembleia Nacional Popular, registando um aumento de 23,7 por cento, mas com um défice de 57 bilhões, que poderá ser coberto por fundos externos.

Ao nível social, os salários em atraso da função pública foram pagos. Houve uma melhoria no fornecimento de electricidade, mas a qualidade de serviços de saúde está longe de corresponder as necessidades da população. Há precariedade no sistema de saúde, com falta de equipamentos, de produtos farmacêuticos e vacinas. A ameaça do ébola continua a ser uma realidade.

"Perspectivas" recolheu as opiniões dos cidadãos sobre o que esperam das novas autoridades nacionais para a melhoria da situação socioeconómica do país.

Antónia Adama Djalo, vice presidente da AMAE, disse que uma das perspectivas que tem para melhorar a economia nacional é realizar um ateliê internacional sobre higiene, qualidade de produtos pós-captura de peixe e embalagem. O evento será um marco para a economia nacional e contará com a participação de 30 países parceiros.

Inácio Ie, economista nacional do PNUD, disse que este programa está muito engajado no apoio ao governo tanto na assistência técnica, como financeira, com todas as acções para conduzir à realização de uma boa mesa redonda para a Guiné-Bissau.

O coordenador da Caritas Guiné-Bissau, Clemento Mendes, acredita que a formação de capital humano é indispensável para o desenvolvimento de um país como a Guiné-Bissau, em que falta tudo.

O economista guineense Paulo Gomes é o nosso convidado da semana. Acredita que o país poderá registar um crescimento de quase 5% em 2015, sublinhando que a Guiné-Bissau precisa de um crescimento de quase 7% para poder impulsionar a economia e diminuir a pobreza.