3 de Dezembro de 2014 (Menu/notiícias/multimédia/rádio) - Á 1 de dezembro foi assinalado o dia mundial da sida, os líderes mundiais assumiram o compromisso de acabar com o SIDA até 2030.

Segundo o Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, conseguiu-se reduzir novas infecções do SIDA em 38 por cento desde 2001 e adiantou que estão a caminho para oferecer terapias anti-retrovirais a 15 milhões de pessoas até 2015 e eliminar a transmissão de mãe para filho nos próximos anos.

Ban Ki-Moon acrescentou que existem 35 milhões de pessoas a viver com VIH/SIDA no planeta hoje em dia e cerca de19 milhões delas não têm conhecimento DE que contraíram o vírus.

O lema nacional de 2014 "Prevenção de transmissão de vírus de mãe para filho" foi inspirado no lema mundial "Rumo ao zero: zero novas infecções, zero mortes devido o SIDA e zero estigma e descriminação". As mulheres sofrem de estigmatização no seio das suas famílias quando tem VIH/SIDA, e os maridos muitas das vezes não colaboram em leva-las para o hospital, principalmente quando descobrem que elas são seropositivas.

O ato central de comoração da data teve lugar no palácio Colinas Boé - parlamento guineense - sob a presidência do 1º vice-presidente da ANP Inácio Correia, na presença de vários ministros, agências da ONU, organizações de luta contra o VIH-SIDA entre outros.

Eis os conselhos dos cidadãos sobre a prevenção de transmissão de mãe para filho.
Pedro Mandica, presidente de rede nacional de associações de pessoas viventes e afectadas com VIH/SIDA disse que este dia é de grande reflexão porque até hoje há pessoas que não acreditam que o VIH/SIDA existe, e isso deixa-o chocado, e apela aos jovens para fazerem o teste e ao governo para engajar-se mais e financiar as actividades de luta contra SIDA.

Da mesma opinião é Marcelo Na Mam, responsável de emprego de CNJ que o governo deve engajar-se ao mais alto nível na questão do SIDA, e aconselhou os jovens para usarem boas práticas sexuais para prevenir o vírus.

Bacar Queta é quem preside a FACOLCIDA, um projecto de organizações comunitárias que se juntaram na perspectiva de combaterem o VIH-SIDA na sua componente de direitos humanos. Ele falou na existência do vírus e de estigmas para a pessoa portadora.

Para o Deputado e presidente da Comissão Especializada Permanente para os Assuntos Sociais da ANP, Engenheiro Carlitos Barai, os setores de Educação e saúde constituem um problema monumental para a Guiné-Bissau.

Em ocasião desta data visitamos Céu e Terra, uma ONG nacional que dá assistência as pessoas com VIH/SIDA desde 2002, foi a organização pioneira em fazer a interrupção de transmissão vertical. Noel Vieira, director executivo da ONG falou-nos das suas dificuldades.

Anaximandro Casimiro, secretário-executivo da SNLS é o nosso convidado da semana. Disse que houve progressos significativos no país quanto a transmissão de mãe para filho porque 90% de grávidas que frequentaram os serviços de consultas pré-natal aceitaram fazer o teste, um marco muito positivo mas apelou aos maridos para acompanharem as suas esposas nas consultas e para fazerem o teste juntos.