Eliminação da Violência contra a Mulher

1 Dec 2014

Eliminação da Violência contra a Mulher

25 de Novembro de 2014 (Menu/notiícias/multimédia/rádio) - O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher foi assinalado a 25 de novembro.

O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, distribuiu uma mensagem em que afirma que a violência sexual e baseada no género é a forma mais extrema da desigualdade global e sistémica vivida pelas mulheres e meninas: “Não conhece fronteiras geográficas, socioeconómicas ou culturais.

Em todo o mundo, uma em cada três mulheres sofre violência física ou sexual nalgum momento da sua vida, seja violação sexual, violência doméstica, assédio moral no trabalho e na internet”, referiu.

Só este ano, acrescenta o SG, mais de 200 meninas foram sequestradas na Nigéria, foi ouvido o testemunho gráfico de iraquianas sobre a violação e escravidão sexual durante o conflito, duas estudantes indianas foram violadas, mortas e penduradas numa árvore, e outros casos notórios de violência sexual nos Estados Unidos, nas equipas desportivas e campus universitários.

Na Guiné-Bissau, neste 25 de novembro, várias organizações defensoras dos direitos da mulher e da criança iniciaram uma Campanha de 16 Dias de Ativismo Contra a Violência Baseada no Género-2014, intitulada – “Da Paz em Casa à Paz no Mundo, Vamos Desafiar o Militarismo para pôr Fim à Violência Contra às Mulheres”.

Momento para se lembrar que uma das violações mais denunciadas na Guiné-Bissau dos nossos dias é a mutilação genital feminina, sobre a qual um estudo em 2006 revelava que a prática, associada aos rituais de passagem para a idade adulta – fanado – apontava para cerca de 2000 mil meninas por ano afetadas em todo o país. Daí, a importância do anúncio das fanatecas – praticantes da mutilação genital feminina - do bairro de Cupelão de Baixo, em Bissau, do abandono total desta prática proibida por lei, se bem que, dias antes, o Tribunal Regional de Bissau iniciou o julgamento do processo de três crianças excisadas no bairro de Bessak, arredores da capital, mas que acabou por ser protelado devido à não comparência de uma das mães das três crianças vítimas. (…)

Os cidadãos opinaram sobre a temática. Oiçamo-los.

A chefe da Unidade Género, do UNIOGBIS, Judith Mirembe, começou por falar da campanha de advocacia dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência Baseada no Género-2014, promovida pelas organizações, como o Instituto da Mulher e Criança, e RENLUV, entre outras, e apoiada financeiramente pela FNUAP, UNWOMEN, PNUD, SNV, UNHCR, etc., sob o lema – da Paz em Casa à Paz no Mundo, Vamos Desafiar o Militarismo para Pôr Fim à Violência Contra às Mulheres.

Nivaldo Domingos Gomes, Coordenador de Plano de Trabalho Anual - Género de Instituto da Mulher e Criança, disse que o lema escolhido este ano é “Da Paz em Casa a Paz no Mundo”, porque a paz deve começar no lar, e, promovendo os direitos da mulher e criança, haverá uma paz mais duradoura.

Aissatu Camará Injai, presidente da Rede Nacional de Luta Contra a Violência do Género (RENLUV), é a nossa convidada da semana. Na sua opinião, uma das formas de combater a violência contra a mulher é as comunidades denunciarem os casos. Apelou aos parceiros para apoiarem os projetos da sua instituição.