5 de Novembro de 2014 (Menu/notícias/multimédia/radio) - O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), através da sua Unidade de Informação Pública, tem em curso por todo o país uma ação de formação sob o tema "A Construção da Opinião Pública num Estado de Direito Democrático".

A iniciativa arrancou em outubro em São Domingos (norte), abrangendo as regiões de Biombo, Cacheu e Oio, passou por Bafatá, cobrindo esta região e Gabú, irá a meados de novembro a Buba, compreendendo as regiões de Quínara, Tombali e Bolama-Bijagós, e concluirá em Bissau.

Esta atividade enquadra-se no programa do Fundo para a Construção da Paz intitulado "O Fortalecimento do Papel Vigilante dos Media" e envolve mais de meia centena de formandos, na maioria directores de rádios comunitárias de São Domingos, Bafatá e Buba, mas também representantes da administração local e ativistas de organizações da sociedade civil nos sectores dos Direitos Humanos e Género, bem como representantes dos setores substantivos do UNIOGBIS.

Na actualidade, as rádios guineenses, sobretudo as privadas em rede com as comunitárias têm um papel muito importante na sensibilização e educação das populações, neste caso informando e formando sobre a observância de comportamentos. No entanto, todas elas se queixam da crónica falta de meios financeiros, das condições precárias da maioria das instalações, de falta de equipamentos modernos à altura de um bom desempenho profissional, e da necessidade de formação académica e técnica dos seus quadros.

Para melhorar as condições de trabalho da média nacional entrevistámos o Ministro da Comunicação Social, Agnelo Regala, o presidente de SINJOTECS, e participantes na formação realizada em Bafatá, de 30 a 31 de Outubro.

Como os cidadãos avaliam o trabalho dos jornalistas na Guiné-Bissau, será que têm confiança nas notícias apresentadas na rádio, televisão e jornais?

Perspectivas recolheu impressões dos directores das Rádios Comunitárias de Bafatá e transfronteiriça de Cambadju, Zeca Braima Sama e Braima Baldé, respectivamente.

Mamadu Candé, presidente do SINJOTECS, começou por agradecer ao UNIOGBIS a realização deste ciclo de seminários para os directores das rádios comunitárias das diferentes regiões da Guiné-Bissau, inclusive as de Bafatá e Gabú, leste do país.

Caterina Gomes Viegas, conselheira da unidade género do UNIOGBIS, participou como formadora no ateliê destinado aos diretores das rádios comunitárias.

Como convidado da semana temos o Ministro da Comunicação Social, Agnelo Regala, que afirmou que uma das suas prioridades é criar condições para que a média possa funcionar correctamente, dando formações de capacitação, criação de condições técnicas para poderem corresponder e responder melhor, garantindo uma cobertura do território nacional de modo a que toda a população tenha acesso à comunicação social pública.