1 de Outubro de 2014 (Menu/notícias/multimédia/radio) - 5 de Outubro é assinalado o Dia Mundial dos Professores, sob lema "Investir no Futuro, Investir nos Professores".

As mais recentes estimativas dizem-nos que em todo o mundo são precisos mais de 1,7 milhões de professores para alcançar os objetivos da educação primária universal até 2015.

Vários acontecimentos marcaram a vida dos docentes guineenses que, ao longo dos anos, têm reclamado melhores condições de trabalho, como o pagamento e aumento de salários, efectivação e formações, para que haja um ensino de qualidade na Guiné-Bissau.

Em agosto deste ano, a ministra da Educação Nacional visitou algumas escolas da capital, tendo lamentado o estado deplorável em que a maioria se encontra, porque os alunos ficam desatentos e desmotivados, e o próprio professor não tem condição de conduzir a aula de forma mais dinâmica e proveitosa. A ministra confirmou a existência de um orçamento para reabilitação das escolas, no valor de dois mil milhões de FCFA.

2014 foi um ano marcado de greves e as escolas públicas praticamente não funcionaram durante quase todo o ano lectivo, mas com a instauração do governo constitucional há esperanças que as coisas vão mudar.

Com esta esperança, os cidadãos guineenses deram a sua opinião sobre como melhorar as condições de vida dos docentes.

Acerca da capacitação dos professores, a UNESCO financia desde 2009 um projecto para colmatar a situação dos docentes na Guiné-Bissau mas ficou parado devido ao golpe de estado de 2012. Entrevistamos Marcelina Santos Bá, coordenadora do projecto.

Para o técnico do ministério da educação e coordenador do projecto educação III, Alexandrino Gomes, a resolução do problema do sistema educativo nacional passa necessariamente pela identificação dos grandes desafios do sector.

O presidente da Confederação Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Lamine Injai, referiu que os professores da Guiné-Bissau não estão de fora das celebrações do Dia Internacional do Professor, porque eles também fazem parte dos professores de mundo.

Para Luís Nancassa, presidente do Sindicato Nacional de Professores (SINAPROF), membro da Internacional Educação - a maior organização sindical do mundo - se houvesse condições seria obrigação a comemoração desta data tão importante. Mas, há professores que ainda não recebem o salário.

Odete Semedo, Ministra da Educação Nacional a nossa convidada da semana, disse que os professores não têm condições de trabalho, o que é grande desafio para o ministério. Para enfrentar este desafio vão ser reabilitadas escolas e formados os professores. Ministra da Educação.