RESG preside formação sub-regional sobre Ébola

8 Sep 2014

RESG preside formação sub-regional sobre Ébola

06 de Setembro de 2014 - O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau e Chefe do UNIOGBIS presidiu hoje em Bissau à cerimónia oficial de abertura da formação sub-regional para profissionais de saúde sobre Ébola.

Saudando a iniciativa, Miguel Trovoada, disse que no caso de uma epidemia como a do Ébola, sem cura e com alta taxa de mortalidade, "a principal questão da resposta colectiva, para além da estratégia de comunicação e medidas de prevenção, deve ser dada através da formação e preparação. Este é o objectivo".

Realçando que a Guiné-Bissau ainda não registou algum caso de Ébola, o Chefe das Nações Unidas lembrou que o país retornou à normalidade constitucional depois das eleições últimas democráticas e está neste momento a mobilizar apoios para lidar com vários desafios, incluindo o de saúde: "Nesse contexto, as consequências serão muito prejudicais para o país caso surja um surto de Ébola. É por isso que as Nações Unidas lideram os esforços para ajudar as autoridades nacionais a aplicar os mecanismos de prevenção e intervenção, sublinhou.

O evento realizou-se na sede do UNIOGBIS, no bairro de Penha em Bissau, sob o tema, "Formação sobre Prevenção e Controlo de Ébola" e contou com a participação de 35 técnicos de saúde das Missões de Nações Unidas e escritórios de seis países da África Ocidental, bem como de pessoal do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e da Missão Militar de CEDEAO em Bissau.

O curso foi ministrado por peritos da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos da América e organizado pelo UNIOGBIS em colaboração com os Serviços da Divisão Médica de Nova Iorque.

Na sexta-feira, 05 de agosto, o Secretário-geral Ban Ki-moon garantiu que as Nações Unidas vão mobilizar recursos, o mais rápido possível, para responder ao surto de Ébola na África Ocidental e fez um "apelo internacional de salvamento" para uma assistência em massa, advertindo que "o mundo não se pode dar ao luxo de não corresponder às necessidades da saúde pública global".

A Organização Mundial da Saúde, no seu último relatório publicado em 5 de agosto, revelou que o total de número de casos de Ébola é de 3,944 e já causou 2,079 mortos em Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, países considerados de "ampla propagação e transmissão". A taxa de mortalidade é de 53%, variando de 39 por cento em Serra Leoa para 64 por cento em Guiné-Conacri.