20 de Agosto de 2014 (Menu/notícias/multimédia/radio) - Um dos temas da actualidade é vírus de ébola e mundo está determinado a lutar contra a sua propagação. A doença foi identificada pela primeira vez no Sudão e na República Democrática do Congo.

Segundo os estudos, até ao momento não existe cura, nem vacina para este vírus, que causou desde o início do ano 1.013 mortos em 1.848 casos registados, na Serra Leoa, Libéria, Guiné-Conacri e Nigéria, o que levou a OMS a decretar esta epidemia uma "emergência de saúde pública mundial".

Ban Ki-Moon, Secretário-geral das Nações Unidas pediu que a comunidade internacional responda com urgência à escassez de médicos, enfermeiros e equipamentos, roupas de protecção e tendas de isolamento, para colmatar a incapacidade de resposta nos países mais severamente afectados.

O primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, anunciou o Programa de Emergência Sanitária, estimado no valor de 760 mil dólares, ainda sem financiamento, que incluiu o encerramento das fronteiras com a vizinha Guiné-Conacri, e a proibição de aglomerações de pessoas nas povoações fronteiriças com este país, fecho de feiras tradicionais ditos lumus, toca-tchurs, piqueniques, dentro do território e nas zonas fronteiriças, onde no entanto continua a não haver nenhum caso suspeito, detectado e denunciado.

A Guiné-Bissau pretende enviar uma equipa para um dos países afectados pela epidemia de Ébola para ter a noção de como lidar com o mal, informou declarou Nicolau de Almeida, director-geral da Prevenção e Promoção da Saúde.

As autoridades já distribuíram kits de protecção nas regiões que fazem fronteira com a Guiné-Conacri - uma das mais afectadas pela epidemia - e formaram técnicos para essas regiões.
Em termos de apoio a prevenção, Portugal forneceu quatro toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau.

Ouvimos as autoridades nacionais envolvidas na prevenção da ébola no país, mas primeiramente vamos ouvir os guineenses se estão ou não informados como prevenir a ébola:
O médico nacional das Nações Unidas, Dr. Albino Nanadje disse que as principais medidas a ter em consideração são evitar de estar em contacto com a pessoa infectada, lavar as mãos sempre, lavar muito bem as frutas e legummes, como também evitar o consumo de carne da caça.

A ministra da Defesa, Dra. Cadi Seidi, disse que o Ministério da Defesa tomou medidas de prevenção da epidemia depois das orientações dadas no conselho de ministros, em fazer limpezas nos quartéis e instalações militares, lavagem das mãos, evitar contactos com as mãos, beijinhos e tomar cuidado de higiene.

Dr. Mussá Baldé, Diretor-Geral de Serviços Prisionais, manifestou sua preocupação, embora a epidemia se encontrar muito longe das fronteiras da Guiné-Bissau. Ele considera as prisões como centros de colectividade onde medidas preventivas devem ser dotadas.

O Director-Geral de prevenção e promoção de Saúde, Nicolau de Almeida é o nosso convidado da semana, este técnico de saúde começou por explicar o que é virus da Èbola e quais são os sintomas da doença e como devemos preveni-la.