Presidenciais - 2/a volta: ato livre, transparente e justo – Comunidade Internacional

20 May 2014

Presidenciais - 2/a volta: ato livre, transparente e justo – Comunidade Internacional

19 de Maio de 2014 - O balanço da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau foi hoje feito pelo Representante Especial do Secretário-Geral da ONU num encontro com os Parceiros Internacionais, que reconheceram unanimemente o ato livre, transparente e justo.

José Ramos-Horta esteve reunido na capital com os representantes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), Francophonie, União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e União Europeia (EU).

O Nobel da Paz pôs acento tónico no pós-eleições, estabelecendo duas etapas nos apoios tão necessários à reconstrução nacional: o primeiro de Julho a Dezembro de 2014 e o segundo de 2015 em diante.

O chefe da Missão de Observadores da UA, o antigo Presidente de Moçambique Joaquim Chissano, realçou as eleições "bem organizadas" pelo PNUD e sem incidentes de maior a registar, em sintonia com a CEDEAO, que valorizou respeito das partes pelo Código de Conduta Eleitoral, sublinhando que qualquer incidente não teve impacte no exercício pacífico do direito dos cidadãos e, portanto, na credibilidade do próprio sufrágio.

Por esta mesma posição pautaram a Francophonie, a CPLP e a EU, que prometeu continuar a apoiar a Guiné-Bissau.

Todos agradeceram ao RESG, José Ramos-Horta, os esforços desenvolvidos no último ano para que as eleições legislativas e presidenciais fossem afinal um sucesso na Guiné-Bissau.
No domingo, José Ramos-Horta e uma equipa do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) visitaram durante toda a jornada, desde a abertura das urnas às 07:00, até ao seu fecho, às 17:00, numerosas mesas de voto na capital e arredores, observando sempre um ambiente calmo e participativo, Os dois candidatos presidenciais depositaram os seus boletins sob grande cobertura mediática.

O RESG classificou de sereno o clima da votação e afirmou aos jornalistas esperar que, "quem seja o eleito reúna os irmãos guineenses na mesma família, sabendo sarar as feridas do passado e estabilizar o país para o desenvolvimento económico".

José Ramos-Horta fez referência "alguns incidentes sem grande monta: em Bafatá e Bissau, dos quais me abstenho de fazer comentários, aguardando os relatórios detalhados" da comissão de investigação nomeada para o efeito, disse.

"No quadro geral - adiantou - e em sintonia com os observadores tudo correu bastante bem, embora a participação do eleitorado, segundo parece, poderá terá sido inferior à primeira volta. Veremos...".

"No fim de contas e mesmo tendo havido incidentes, estes não alteram o balanço geral, que e de grande tranquilidade em todo a eleição", concluiu, admitindo que situações da mesma natureza acontecem um pouco por todo o mundo.