Presença de parceiros internacionais é dissuasive

15 Apr 2014

Presença de parceiros internacionais é dissuasive

12 de Abril de 2014 - O Representante do Secretário-Geral (RESG) das Nações Unidas para a Guiné-Bissau declarou hoje que a presença massiva de missões internacionais de alto nível para observação das eleições gerais de domingo é um fator positivo de dissuasão.

"O interesse da comunidade internacional nas eleições e no retorno da Guiné-Bissau à ordem constitucional, expresso na presença de mais de 400 observadores, é um fator de dissuasao e consequentemente de estabilidade", afirmou o chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz no país (UNIOGBIS).

O Nobel da Paz falava à saída de um encontro de alto nível com o Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Kadiré Desirée Ouedraogo, e com o chefe da missão dos 220 observadores desta organização regional pan-africana às eleições guineenses, o ex-Chefe de Estado da Libéria, Amos Sawyer, entre outras personalidades.

O encontro, a pedido do Presidente da Comissão da CEDEAO, realizado num hotel em Bissau, visou fazer o ponto da fase derradeira do processo conducente ao voto de domingo para as eleições legislativas e presidenciais, e também agradecer a José Ramos-Horta e ao UNIOGBIS os esforços desenvolvidos, bem como a Timor-Leste pela generosa solidariedade demonstrada e sem a qual - de acordo com os líderes guineenses - o sufrágio não seria possível.

"O Presidente da Comissão da CEDEAO felicitou muito o UNIOGBIS e em particular o RESG pelos progressos havidos, e também manifestou agradecimento pelo apoio de Timor-Leste à organização e a África em geral", salientou José Ramos-Horta.

O Nobel da Paz fez notar que a CEDEAO está verdadeiramente sensibilizada e mesmo impressionada, fazendo uma avaliação em que destaca a situação tranquila, que não suscita maiores preocupacoes. A Comunidade Internacional tem neste momento na Guiné Bissau, quatro ex-chefes de Estado e ministros, e acima de 400 observadores, revelando um atenção inédita que é "dissuasiva e um sinal de estabilildade", em palavras do RESG.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, escolheu o Nobel da Paz José Ramos-Horta para chefiar o UNIOGBIS num momento em que a Guiné-Bissau estava no fundo da lista do interesse internacional, dando instruções claras para que o país voltasse a ser colocado no mapa.

Um ano passado desde a chegada do RESG, é visivel que a intenção de Ban Ki-moon foi um sucesso graças ao trabalho desenvolvido por José Ramos-Horta, que incansavelmente se multiplicou criando grupos de interesse e fazendo as necessárias pressões políticas para mobilizar a comunidade internacional e o engajamento dos observadores às eleições.
"Quanto maior a intervenção, maior a prevenção", concluiu Ramos-Horta.